O isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus está causando um enorme impacto no comércio, com lojas fechando e consumidores sem poder sair de casa.
Mas para o lojista que trabalha com crediário próprio, a preocupação vai além da simples queda no movimento.
O que se espera é um aumento da inadimplência nos próximos meses diante das dificuldades econômicas e sociais trazidas pela pandemia.
É possível resistir a essa crise?
Existe alguma coisa que o lojista possa fazer para minimizar o impacto do coronavírus no seu negócio?
Existe sim!
Continue lendo este artigo para saber mais.
Ou então assista o vídeo a seguir, onde falo mais sobre o assunto:
Quem tem caixa tem tudo
Meu sócio aqui no Meu Crediário sempre repete uma frase, que se encaixa muito bem no momento que estamos vivendo:
“Ao longo do tempo as empresas quebram por falta de resultado, mas a curto prazo elas quebram por falta de caixa.”
Essa é a primeira situação que devemos considerar quando falamos do impacto do coronavírus no comércio.
É importante entender que seu caixa será atingido por dois fatores:
- Uma queda acentuada nas vendas com a manutenção da maior parte dos custos fixos do negócio.
- Uma inadimplência fora dos padrões normais previstos na análise de crédito.
Resumindo: você não vai receber, mas terá que pagar seus fornecedores.
Nessas circunstâncias, o lojista que contar com uma reserva de caixa se sairá um pouco melhor.
Vai ter perdas?
Com certeza vai.
Mas não vai ser o resultado negativo de um ou dois meses que deixará sua operação no xeque-mate.
É preciso planejar para não quebrar
Para quem tem dificuldades de caixa, este é um bom momento para conversar com seu gerente no banco e buscar taxas mais adequadas.
A partir daí, sabendo o quanto você precisará ter no caixa para sustentar o negócio nos próximos meses, é necessário fazer um novo planejamento orçamentário.
Está claro que o comércio não voltará a funcionar normalmente enquanto durar a pandemia do coronavírus.
Por isso, além da desaceleração nas vendas, quem vende no crediário precisa se preparar para uma queda nos recebimentos.
O aumento no índice de inadimplência é inevitável e vai se manter por um período que ainda não podemos prever.
A curva inicial provavelmente será muito alta, mas depois deve equilibrar um pouco.
Contudo, mesmo quando o pior da crise passar, vai demorar para que a loja volte a ter uma inadimplência “normal”.
Ajustando o modelo de análise de crédito
Considerando que nos próximos meses teremos um comportamento atípico da inadimplência, será necessário reavaliar a importância desses dados dentro do seu modelo de análise de crédito.
Quem trabalha com um modelo de análise baseado em score de crédito já sabe que o cliente de perfil A tem uma inadimplência muito menor do que o de perfil E.
Essas taxas nunca serão iguais, pode ficar tranquilo.
Mas certamente você verá a partir de agora um aumento inédito nas taxas de inadimplência dos perfis A e B.
Isso não significa que ocorreu um erro de escoragem na hora da análise.
Pelo contrário.
Trata-se de um alerta para você agir agora e evitar erros futuros.
O melhor a fazer é desconsiderar esses meses atípicos e não usar seus dados para basear qualquer tomada de decisão ou alteração de políticas de crédito.
Tanto grandes redes quanto pequenos lojistas precisam ter essa percepção.
Do contrário correm sérios riscos de distorcer seu modelo análise quando as coisas voltarem aos eixos.
Fidelização e cuidado com as pessoas
Além dos riscos financeiros causados pela pandemia, há uma questão mais importante que deve ser considerada por qualquer empresário:
A preocupação com as pessoas!
E aqui vale ressaltar: com todas as pessoas.
Sejam proprietários de loja, sejam funcionários, clientes ou mesmo seus familiares.
O coronavírus vai impactar fortemente a vida (e o bolso) de todos, não apenas do empresários do comércio.
Por isso sua loja precisa estar pronta para ser mais flexível no recebimento das parcelas.
Mesmo nas cidades onde o comércio ainda permanece aberto, grande parte dos clientes terá receio de sair de casa para pagar um carnê na loja.
Até porque muitos se enquadram no perfil de risco para o coronavírus (diabéticos, hipertensos e pessoas de mais idade).
Nesses casos, recomendo que você abra mão de cobrar multas e juros quando eles forem até a loja pagar.
Pense nisso.
Além de entender as dificuldades financeiras que podem surgir na vida das pessoas, você também estará agindo para fidelizar clientes.
Tenho observado diversos negócios que estão oferecendo serviços gratuitos para quem precisa ficar em isolamento nas suas casas.
É claro que a sua loja não precisa dar o produto de graça!
Mas se você tiver condição de postergar o recebimento, já contribuirá muito para amenizar o impacto social e econômico desta pandemia.
Então que tal esticar por mais alguns dias o vencimento das parcelas que vencem nas próximas semanas?
Ou, dependendo de como a situação evoluir, por um período ainda maior?
Traga o cliente de volta na hora certa
É importante você pensar nisso como uma oportunidade de trazer o cliente para dentro da loja no momento certo.
Imagine uma pessoa que fez uma compra com pagamento em quatro vezes.
Ela não vem pagar neste mês e pode ser que não venha no outro.
Talvez apareça só daqui a 90 dias para quitar tudo de uma vez (ou para renegociar sua dívida).
Durante todo esse tempo, ao invés de retornar várias vezes ao seu ponto de venda, ele virá apenas
uma vez.
Com isso, você perde muitas oportunidades de fazer novas vendas.
Então que tal jogar os vencimentos mais para frente e ter o cliente na loja quando passar essa crise?
O isolamento social vai terminar mais cedo ou mais tarde, e as pessoas voltarão a fazer compras por impulso.
E o crediário próprio com certeza é a melhor ferramenta para ajudar a sua loja na hora da retomada, quando o impacto do coronavírus no comércio começar a diminuir.
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Um abraço e boas vendas!